quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

BR-242

O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, e seu colega de Tocantins, Siqueira Campos, firmaram neste sábado, 17, um entendimento em que preconiza a união de forças em busca da pavimentação da BR-242 na Ilha do Bananal, que liga os dois estados. Eles se encontraram na cidade de São Félix do Araguaia, cuja região, chamada de Norte Araguaia, vive a apreensão com mais um início de período chuvoso e que deixará a intransitável rodovia, considerada fundamental para o desenvolvimento do agronegócio e também do turismo. No projeto estratégico, a rodovia pronta se constitue na ponte Atlântico com o Pacífico. A BR-242 integra o Brasil de Leste a Oeste, do Porto de Salvador (BA) à BR-163 - a Oeste de Mato Grosso. As duas rodovias se cruzam bem no ‘coração do Brasil’, local de intersecção ao município de Gurupi no Estado de Tocantins. A BR-242 já está pavimentada de Salvador até as barrancas do Rio Javaé no Tocantins, faltando apenas a Travessia da Ilha do Bananal para a ligação com o Mato Grosso. Após ligar-se a Mato Grosso a BR passa a ser a rodovia de integração nacional e regional, além de fator de geração e progresso. “A na BR 242 é fundamental; para termos uma rodovia onde se integra o agronegócio, fortalece o turismo, e fortalece a oportunidade para essas pessoas que vivem nesta região”, disse Silval Barbosa ao lembrar que, além de trazer prosperidade e desenvolvimento, com interligação “vamos encurtar a distância destas pessoas que têm uma interligação com Tocantins e Goiás”. Essa interligação, ligará as regiões produtoras do sul do Pará ao Mato Grosso, Tocantins e Bahia, criando assim um novo corredor de exportação nacional que receberá insumos agrícolas e produtos muito mais baratos. “O calcário e o fosfato são indispensáveis ao desenvolvimento da agricultura de Mato Grosso e não pode dar esta volta” - assinalou o governador Siqueira Campos ao acrescentar que São Félix está à cerca de 80 quilômetros do município de Formosa do Araguaia, no Tocantins, que sem asfalto a distância ultrapassa 100 km. A obra está orçada em R$ 653 milhões que, de acordo com o projeto do Governo de Tocantins, que serão pagas em seis anos apenas com o pedágio que funcionará no trecho asfaltado. São 84 quilômetros de extensão que prevê plataforma de aterro médio de 2 metros e meio de altura, pilares e estacas de areia para sustentação de colchão de areia que receberá camada de aterro, solo compactado, base e asfalto; mureta de concreto em concreto em ambos os lados com 80 cm de altura para sustentação de tela de proteção de 2m. Para o líder Indígena da Aldeia Fontoura da Ilha do Bananal, Coxini Karaja, a melhoria da malha rodoviária local significa a melhoria de vida para o seu povo, que precisa da Travessia Transbananal para encurtar o acesso à saúde e educação, por meio de Fundação Nacional do Índio (Funai) e Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e órgãos da Educação. Só na Ilha do Bananal a comunidade Karaja tem 1.400 habitantes e outros mais 3 mil do lado de Mato Grosso. “Nós não queremos nos desvincular de Mato Grosso, mas queremos uma saída para a nossa produção, comprar insumos mais baratos”, disse o prefeito de São Félix, Filemon Gomes Costa Limoeiro. Participaram ainda da reunião, da comitiva de Mato Grosso, os deputados estaduais José Riva (presidente da Assembleia Legislativa), Baiano Filho, Nilson Santos, Luizinho Magalhães, Ailton Português e Luciane Bezerra; os deputados federais Wellington Fagundes, Valtenir Pereira, e Homero Pereira; e o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Mato Grosso, Luiz Antônio Garcia. Do Estado de Tocantins, a primeira-dama Marilúcia Uchôa Siqueira Campos, os secretários Alexandre Ubaldo (Infraestrutura) e Jaime Café de Sá (Agricultura); senador Vicentinho Alves; subchefe da Casa Militar, Ten. Cel. PM Feitosa; e o prefeito de Formosa do Araguaia, Pedro Resende. O encontro reuniu também autoridades locais e regionais, produtores rurais e população local.

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